Rio de Janeiro (RJ)
agosto 25, 2008

Com 5,8 milhões de habitantes, a capital fluminense é o principal pólo turístico do país e, há décadas, um dos primeiros destinos lembrados por estrangeiros que planejam visitar a América Latina. Colaboram para a fama o samba e o Carnaval, que em 2006 ganharam o complexo de lazer Cidade do Samba, na zona portuária.

Não existem praias e monumentos mais cantados em versos do que Ipanema, Copacabana e o Cristo Redentor, também exibidos à exaustão em novelas, filmes e telejornais. Mas qualquer tela será pequena para a Baía de Guanabara e para os contornos monumentais do relevo que enlaça a mata e o oceano. E a brisa dos trópicos só pode ser sentida no rosto ao vivo. Mesmo pilotos que enxergam tudo do alto pela enésima vez se surpreendem: haverá sempre uma espuma distinta nas ondas, um recanto onde uma chuva recente torna o verde gritante ou um corajoso montanhista tentando escalar a Pedra da Gávea.

Foi em francês que a expressão “Cidade Maravilhosa” se fez ouvir pela primeira vez, batizada assim por Jeanne Catulle Mendes, em 1912. Virou hino informal na marchinha de André Filho, no Carnaval de 1935, aquela dos “encantos mil” e “coração do meu Brasil”. Entre uma e outra rima pobre, brotou na avenida Atlântica o Copacabana Palace, hotel inaugurado em 1923 que estabeleceu novos padrões de luxo e glamour para a cidade.

O Rio tirou o posto de capital federal de Salvador em 1726 e perdeu o troféu para Brasília em 1960. Foi sede do império português a partir de 1808, do Brasil independente (ainda monarquista) e depois capital republicana. Os mais de 230 anos de supremacia na política rechearam a cidade de prédios históricos e acervos valiosos como a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal.

Um dia de chuva num balneário pequeno pode ser desesperador. Não no Rio: são dúzias de centros culturais e museus para visitar, alguns com paisagismo de Burle Marx, mais as igrejas de ricos interiores do Brasil Colônia e uma lista formidável de templos da gastronomia, da Confeitaria Colombo dos tempos de Olavo Bilac aos botequins freqüentados por celebridades e poetas contemporâneos.